quinta-feira, 5 de abril de 2012



As coberturas ajardinadas contribuem para a qualificação paisagística dos edifícios, cujos ecossistemas funcionam a favor do conforto climático e da absorção da poluição atmosférica.

Desde tempos recuados, há jardins flutuantes para enriquecer o cenário urbano, contribuir para a consolidação de comunidades e para aumentar o conforto e bem-estar dos habitantes.

O conceito de tratamento paisagístico dos espaços exteriores permanece marcadamente relacionado com as especificidades locais e com o controlo das variáveis de conforto climático, através do coberto vegetal nas coberturas edificadas (radiação solar recebida, sombras projectadas, regime de ventos, regime de chuvas).

As áreas ajardinadas em coberturas tornam-se espaços de atenuação climática do próprio edificado e contribuem para reduzir o impacto dos extremos menos confortáveis do clima exterior. Uma área com densa vegetação junto a um espaço de estar semi-exterior protege do sol e do vento e melhora as condições de conforto. Conhecendo as características do microclima local, é possível determinar e moldar, de uma forma criativa, o conforto em espaços exteriores.

Quando dispomos de áreas que libertam humidade (como o fazem as superfícies de água, as áreas com vegetação densa…), a frescura resultante pode contribuir para o arrefecimento passivo e aumentar, deste modo, o conforto ambiental no interior das habitações adjacentes, bem como reduzir o efeito de ilha de calor na cidade.

As áreas de cobertura ajardinada são, certamente, um elemento de valorização do edifício também sob a perspectiva da sua mera presença no meio edificado, porque enriquecem o cenário urbano.

Neste país, a urbanização é um fenómeno relativamente recente, pelo que as pessoas se identificam ainda com o meio rural e com a natureza. A natureza pode fazer parte integrante da cidade, mesmo à escala dos edifícios, especialmente quando é possível integrar em coberturas de um mesmo edifício, diversas áreas ajardinadas – sendo algumas privadas e outras semi-privadas às quais têm acesso todos os habitantes do edifício.

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