sexta-feira, 31 de maio de 2013

Aplicação de revestimento cerâmico- Parte 1

A degradação de revestimentos cerâmicos é algo a que nos vamos habituando a ver nas nossas cidades. Infelizmente, esta patologia para além de conferir um aspecto de degradação aos edifícios, a sua correcção implica muitas vezes processos dispendiosos.


Desta forma, é fundamental que na colocação deste tipo de revestimento seja tido em conta uma correcta abordagem da escolha de materiais e do método de execução da colagem do revestimento ao suporte.

Preparação do suporte

Antes de se proceder á colocação do ladrilho é fundamental fazer-se uma verificação do suporte.

A planeza do suporte deve ser verificada com uma régua. Para permitir a colagem directa do ladrilho ao suporte, os defeitos não deveram ser superiores a 5mm em relação á régua. Se os defeitos num 1m2 forem superiores a 20% são considerados generalizados e devem ser corrigidos.

Deverá ser realizada uma verificação do suporte em vários pontos, com ajuda de um prego, para avaliar a sua dureza. Um suporte é duro se os riscos forem superficiais, e caso isso não se verifique deverá ser eliminado e refeito para poder receber o revestimento.

Escolha do tipo de cola a utilizar

Para escolha do tipo de cola a utilizar na colagem do ladrilho, deve-se realizar uma análise da porosidade do suporte. Para o efeito, o suporte deverá molhado e verificar-se a taxa de absorção de água.

Preparação da cola

O ritmo da preparação da cola deverá ter em conta a compatibilização entre a produtividade dos ladrilhadores e os tempos de repouso, de abertura e de duração prática da utilização da cola de forma a garantir todas as suas características em termos de prestação.

Aplicação da cola

A aplicação da cola deverá ser iniciada pelo seu espalhamento no suporte com a talocha sendo de seguida “penteada” com uma espátula de bordo dentado para assim se retirar o excesso de cola. Os cordões de cola, formados pela espátula dentada, deveram ser dispostos paralelamente entre si, de modo a nunca se cruzarem, garantindo assim uma distribuição homogénea.

A dimensão do pente a utilizar e o ângulo de inclinação da espátula deveram garantir uma espessura uniforme de acordo com o recomendado pelo fabricante para a película de cola sob os ladrilhos.

O assentamento dos ladrilhos deve ser realizado de forma célere de forma a não comprometer as capacidades de prestação da cola, pelo que em obra, a aplicação da cola deverá realizada de forma faseada e em pequenas áreas do suporte para que o ultimo ladrilho ainda fosse aplicado dentro do tempo de abertura da cola.

A colagem deverá ser colagem dupla. Este tipo de colagem apresenta vantagens em relação á colagem simples, dando maior garantia de contacto integral entre o tardoz dos ladrilhos e a cola, sendo o recomendado pelos fabricantes para peças coladas no exterior.


Assentamento dos ladrilhos

O método de assentamento dos ladrilhos em obra deverá ser o método de pressão e movimento lateral. Neste método, o ladrilho não é logo colocado na sua posição definitiva, mas sim com um desvio de cerca de 5 mm para um dos lados (pode ser usado como referência a espessura das juntas entre ladrilhos ou a largura de um cordão de cola) sendo depois deslocado para a sua posição definitiva ao mesmo tempo que é pressionado contra a cola. 

Com este deslocamento, garante-se o abatimento dos cordões de cola de forma a se obter uma espessura uniforme de cola e um contacto mais perfeito com o tardoz dos ladrilhos. Já com o ladrilho na sua posição definitiva, pressiona-se o elemento durante um intervalo de tempo suficiente para a necessária penetração da cola nos poros do tardoz do ladrilho para que a aderência inicial seja a suficiente para manter o ladrilho em posição.

A colocação dos ladrilhos deverá ser controlada periodicamente, realizando-se para o efeito uma extracção em intervalos regulares, de um ladrilho acabado de colocar a analisando o respectivo tardoz. A cola do ladrilho de controlo deve desejavelmente contactar com toda a área do tardoz do ladrilho, não sendo aceitável uma situação de menos de 85% de área do tardoz com contacto com a cola.
Deveram ainda ser realizados ensaios de percussão dos ladrilhos para detectar ocos na camada de assentamento.



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